Centro-direita se alia à esquerda no Parlamento de Portugal e isola o partido Chega, de extrema direita

  • 27/03/2024
(Foto: Reprodução)
A centro-direita e a esquerda fizeram um acordo para ocupar a presidência do Parlamento em turnos de dois anos. Imagem da Assembleia da República de Portugal Pedro Nunes/Reuters Os deputados de centro-direita e de esquerda do Parlamento de Portugal se uniram para eleger José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República e deixar o Chega, o partido de extrema direita, de fora da disputa nesta quarta-feira (27). Aguiar-Branco, de centro-direita, teve 160 votos, e o candidato do Chega, Rui Paulo Sousa, teve 50 votos entre os parlamentares. (CORREÇÃO: o g1 errou ao informar que o acordo entre centro-direita e a esquerda para eleição da Assembleia da República em Portugal --o Legislativo local -- significava uma coalizão para formação de maioria de governo no país. O acordo, na realidade, diz respeito apenas à sucessão na presidência do Legislativo. A informação foi corrigida às 17h11.) ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A centro-direita e o Partido Socialista, de esquerda, fizeram um acordo pelo qual a presidência do Parlamento será rotativa: ficará dois anos com Aguiar-Branco e, no fim desse prazo, ele vai renunciar para que um candidato dos socialistas seja eleito para o cargo. Aguiar-Branco foi eleito nesta quarta-feira na quarta votação entre os parlamentares. Eleição geral O Partido Social Democrata é um dos que formam a coalizão Aliança Democrática (AD), a vencedora das eleições gerais que aconteceram em 10 de março. O Partido Socialista ficou em segundo, com poucos votos atrás. Em terceiro ficou o partido de extrema direita Chega, que quadruplicou sua representação parlamentar, refletindo uma inclinação política para o populismo de direita em toda a Europa. Somados, o PSD e os socialistas têm 156 assentos no Parlamento de 230 deputados, o suficiente para eleger um presidente da Casa. Analistas previam instabilidade para o governo minoritário da AD, que tem apenas 80 assentos e provavelmente não coseguiria aprovar leis sem o apoio do Chega, cujo líder André Ventura chegou a exigir um acordo de longo prazo em troca de apoio. O líder da AD, Luis Montenegro, recusou qualquer acordo formal com o Chega. Na segunda-feira (25), Ventura disse que seu partido havia chegado a um "entendimento" com a AD sobre a eleição de Aguiar Branco. No entanto, depois que vários membros da AD negaram a existência desse suposto acordo, seu candidato não conseguiu obter votos suficientes, e Ventura acusou a AD de "pisotear" o Chega. Líder de direita é novo primeiro-ministro de Portugal Após o compromisso anunciado na quarta-feira, Ventura disse que isso mostrava claramente que o PSD havia escolhido seu "companheiro de jornada" para seu mandato e que agora precisará governar com os socialistas. LEIA TAMBÉM Crescimento da extrema direita impõe instabilidade em Portugal e complicará governabilidade Centro-direita vence com pequena margem em Portugal; extrema direita tem aumento expressivo de votação Discurso antissistema, anti-imigração e contra a corrupção: o que explica a ascensão da extrema direita em Portugal

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/03/27/centro-direita-se-alia-a-esquerda-para-governar-portugal-e-isola-o-partido-chega-de-extrema-direita.ghtml


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