EUA vetam reconhecimento da Palestina como Estado na ONU

  • 18/04/2024
(Foto: Reprodução)
Para os americanos, um Estado Palestino deve ser criado em negociação entre Israel e a Autoridade Palestina. Palestinos do lado de fora da agência da ONU para refugiados palestinos na Faixa de Gaza, em março de 2024 Mahmoud Issa/Reuters Em uma votação no Conselho de Segurança da ONU, os Estados Unidos vetaram o reconhecimento de Estado Palestino como membro pleno da ONU nesta quinta-feira (18). Os americanos afirmaram que um Estado Palestino independente deveria ser criado em uma negociação entre Israel e a Autoridade Palestina, e não em uma votação da ONU. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A etapa no Conselho de Segurança é anterior a uma eventual votação na Assembleia Geral, onde a medida provavelmente iria passar, pois cerca de 140 países reconhecem a Palestina como um Estado (é mais do que os dois terços necessários). No Conselho de Segurança é preciso ter 9 votos de 15 membros e também que ninguém vete (quatro países têm poder de veto: China, França, Rússia, Reino Unido e EUA). Resultado da votação No dia 2 de abril, os representantes palestinos enviaram uma carta ao secretário-geral na qual pediam a admissão como membros da ONU. Na verdade, trata-se de uma retomada de um pedido antigo, de 2011. O secretário-geral repassou o pedido para o Conselho de Segurança, que votou nesta quinta-feira. Os seguintes países votaram a favor: Eslovênia Serra Leoa Rússia Coreia do Sul Moçambique Malta Japão Guiana França Equador China Argélia Além do veto dos EUA, dois países se abstiveram: Reino Unido e Suíça. O texto da resolução vetada dizia que a Assembleia Geral iria admitir o Estado da Palestina como membro da ONU. Os palestinos têm status de observador nas Nações Unidas desde 2012. Eles fazem uma campanha há anos para obter a adesão plena. Israel se opõe A guerra entre o grupo terrorista Hamas e as forças de Israel na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro do ano passado. Os israelenses têm aumentado a quantidade de colônias na Cisjordânia. Na rede social X (antigo Twitter), o ministro de Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a proposta de reconhecer um Estado palestiniano, "seis meses depois do maior massacre de judeus desde o Holocausto e depois dos crimes sexuais e crimes contra a humanidade cometidos pelos terroristas do Hamas, é uma recompensa ao terrorismo". Ele agradeceu aos EUA por terem vetado a proposta. Segunda tentativa Essa foi a segunda tentativa dos palestinos para se tornarem um membro pleno da ONU. Da primeira vez, eles não conseguiram apoio mínimo no Conselho de Segurança (é preciso ter 9 dos 15 votos, além de nenhum veto). Antes da votação desta quinta-feira, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, disse que os EUA "têm sido muito claros que ações prematuras em Nova York, mesmo com as melhores intenções, não alcançarão a autonomia para o povo palestino". Foi o vice--embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, quem afirmou que a entrada da Palestina deve ser o resultado de negociação entre os israelenses e palestinos. Ele diz que o reconhecimento "é algo que deve surgir do resultado dessas negociações". Representante palestino O representante palestino, Ziad Abu Amr, disse que a resolução concederia ao povo palestino a esperança "de uma vida decente em um Estado independente". Ele afirmou que essa esperança "se dissipou ao longo dos últimos anos devido à intransigência do governo israelense que rejeitou essa solução publicamente e de forma flagrante, especialmente após a guerra destrutiva contra a Faixa de Gaza".

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/04/18/eua-vetam-reconhecimento-da-palestina-como-estado-na-onu.ghtml


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